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segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

POETANDO

            Uma folha cai,
            E absorvo os mínimos detalhes
      do seu minucioso bailar,
Até o seu último ato:
Tocar o chão.
E na brisa suave que sopra me embriago,
Não penso no futuro,
Nem no passado,
Quase adormeço.
Quando de repente percebo,
A sensação agradável que me envolve,
Sei que ainda não é a felicidade,
Mas tenho esperança de estar no caminho certo.
Ouço a algazarra das crianças ao longe,
Não me incomoda,
Mas num alento de esperança me alegro;
Há muito ignorei a existência de fatos tão corriqueiros,
E já não desejo mais nada,
Para não quebrar a magia deste momento.
O silêncio antecede a noite,
Ouço os passos dos transeuntes,
Num crepitar apressado,
Outros numa marcha lenta, tranquila,
Como a minha alma agora.
by Joana Rodrigues

         
           

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